“Ir para o terreno.” A solução para o cadastro florestal
Florestas: “Falamos em planos de gestão, mas continuamos a não saber quem são os proprietários”
1. A gestão da floresta
Se há um consenso entre os oradores do Fórum do Eucalipto é que a floresta portuguesa precisa de ser gerida, porque uma floresta gerida não é apenas benéfica para a sustentabilidade e para a mitigação das alterações climáticas, como refere a eurodeputada Lídia Pereira, mas também para a sociedade e para a economia.
Por exemplo, segundo um estudo da Boston Consulting Group apresentado na conferência, em Portugal, os produtos transformados a partir das florestas rendem 5,5 mil milhões de euros em exportações e dão emprego a 90 mil pessoas.
O problema é que, em Portugal, a gestão das florestas é ainda insuficiente e amadora. “Falamos em planos de gestão, mas continuamos a não ter um cadastro e a não saber quem são os proprietários. O Burkina Faso conclui o cadastro em 2019 e em Portugal, estamos em 2024, e só concluímos um terço”, diz Carlos Lobo.
Para Luciano Lourenço, o que é preciso fazer para concluir esse tão importante trabalho, é “ir para o terreno”, o que significa arranjar mais meios para o fazer, porque atualmente não os há.
os Números:
41%
é a percentagem de área de mato em Portugal, segundo um estudo da Boston Consulting Group apresentado esta semana no Fórum Eucalipto. A área arborizada é de 36%, enquanto a área agrícola é de 23%
33%
é a percentagem de proprietários florestais identificados em Portugal, diz Carlos Lobo, da Lobo, Carmona e Associados. No Burkina Faso o processo foi concluído em 2019, acrescenta.
Data: 30 MAIO 2024
Fontes/Links:
ΦΦΦ
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