⭐ Rede Natura 2000 (Serra da Lousã)

 

Mapa da Rede Nacional de Áreas Protegidas, da rede Natura 2000 e das Áreas Classificadas ao abrigo de outros compromissos internacionais no Continente

 a amarelo está assinalada a aldeia do Vaqueirinho 


Rede Natura 2000

 A rede natura 2000 é a principal diretiva a atuar em Portugal Continental com o objetivo de proteger e conservar vários habitats e aves.

 O território da Serra da Lousã é abrangido pela Rede Natura 2000 a fim de preservar habitats onde as espécies autóctones são o Carvalho-Roble (Quercus robur), o Carvalho-Negral (Quercus pyrenaica) e o Castanheiro (Castanea sativa). 

No entanto, com o avanço do tempo estas vêem o seu território a ser dominado pela Acácia Mimosa (Acacia Dealbata) e pelo Eucalipto (Eucalyptus globulus).

A rede natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia que tem como objetivo promover a biodiversidade através de ações específicas de gestão e conservação da flora, fauna e habitats naturais a longo prazo. 

Resulta de duas diretivas, a diretiva aves e a diretiva habitats, e corresponde a duas zonas, com finalidades distintas. 

As Zonas de Proteção Especial (ZPE) (neste momento 31) são zonas criadas ao abrigo da Diretiva Aves, de forma a garantir a preservação das espécies de aves, os habitas e também das espécies de aves migratórias; 

As Zonas Especiais de Conservação (ZEC) (60 zonas) criadas ao abrigo da Diretiva Habitats, cujo objetivo é contribuir para assegurar a biodiversidade, através da conservação dos habitats naturais e dos habitats de espécies de flora e fauna selvagens.

Apesar do seu estatuto de conservação, segundo Paulo Tenreiro, vigilante da Natureza do ICNF, existem atividades que não respeitam muitas das regras que devem ser obedecidas nestes territórios.

 O exemplo concreto disso são os desportos como o Motocross e o BTT que geram a poluição residual, que é um sério problema para a ecologia local, nomeadamente ao nível da contaminação das águas (devido aos derrames de óleo) e da atmosfera (resultante da libertação de gases). Também é uma área de conservação de animais ribeirinhos como o Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e a Salamandra-Lusitânica (Chioglossa lusitanica), visto que é uma zona onde a água é um recurso natural abundante.

 Autores, Carla Mesquita; Duarte Belo; Inês Amado; Miguel Santos; Sónia Silva

Data

28.03.2015

Link:

https://jra.abae.pt/plataforma/artigo/rede-natura-2000-na-lousa/



 a vermelho as aldeias do Vaqueirinho e Catarredor 



Rede Natura 2000 da Serra da Lousã

 A Rede Natura 2000 tem como finalidade assegurar a conservação a longo prazo das espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de biodiversidade. Constitui o principal instrumento para a conservação da natureza na União Europeia.

Além de abranger o meio terrestre também abarca todo o meio marinho. É constituída pela Zona de Proteção Especial (ZPE), definida pela Diretiva Aves, criada com o intuito de conservar todas as espécies de aves que ocorrem naturalmente no estado selvagem. E também pela Zona Especial de Conservação (ZEC), definida pela Diretiva Habitats, cujo principal objetivo é contribuir para assegurar a conservação dos habitats naturais e de espécies da flora e da fauna selvagens.

O quadro legal da Rede Natura 2000 da Serra da Lousã, incluída na região biogeográfica Mediterrânica, foi instituído pela resolução do conselho de ministros nº 76/00 de 5 de Julho, abrangendo uma área de 15.158 hectares, em 5 Municípios do Pinhal Interior Norte.

Devido à acentuada orografia e às variantes climáticas, a vegetação existente é diversificada, destacando-se a ocorrência de Azinheiras (Quercus rotundifolia) nas zonas mais secas e ensolaradas, e de carvalhais de Carvalho-Roble (Quercus robur) e Carvalho-Negral (Quercus pyrenaica) nas zonas mais húmidas e frias. Os povoamentos de Castanheiros (Castanea sativa) encontram-se na proximidade de aglomerados populacionais.

As diversas linhas de água assumem grande importância para as espécies de fauna, como a Lontra (Lutra lutra). A vegetação ripícola encontra-se num bom estado de conservação, sendo de salientar as galerias onde se podem observar Amiais (Alnus glutinosa) e comunidades dominadas por Azereiro (Pruunus lusitanica), com presença de Azevinho (Ilex aquifolium). Destaque ainda para espécies como o Narciso (Narcissus bulbocodium e Narcissus triandus) e o Teixo (Taxus baccata).

Salienta-se a importância das manchas de Pinheiro Bravo (Pinus pinaster), e de algumas plantas invasoras como o Eucalipto (Eucalyptus globulus) e a Acácia/Mimosa (Acacia dealbata).

Inclui áreas importantes para a conservação do Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), Rã-ibérica (Rana iberica), Tritão marmorado (Triturus marmoratus) e da Salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica). Salientam-se, também, outras espécies de elevada raridade, como o Falcão Peregrino (Falco peregrinus) e o Morcego-de-ferradura-grande (Rhinolophus ferrumequinum).


Como se pode concluir da imagem acima as Aldeias do Vaqueirinho e Catarredor estão integradas em Zonas de Proteção da Rede Natura 2000. 


Fontes/Links:

https://eunis.eea.europa.eu/sites/PTCON0060

https://eunis.eea.europa.eu/sites/PTCON0060#interactive_map

https://natura2000.eea.europa.eu/

https://ec.europa.eu/environment/nature/natura2000/index_en.htm

https://aldeiasdoxisto.pt/artigo/1581

http://www2.icnf.pt/portal/pn/biodiversidade/rn2000

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