Jornal Trevim divulga na sua Edição n.º 1554 de 6 de fevereiro de 2025
Candal, Catarredor e Vaqueirinho partilham património
Missal da Senhora das Preces
à guarda da Câmara
Por Soraia Santos
O missal da capela da Senhora das Preces, na Serra da Lousã, está confiado à Câmara da Lousã enquanto não for criada uma comissão da capela, assim como condições ambientais e de segurança que permitam a exposição da obra ao público no pequeno templo.
A informação faz parte de uma comunicação da Associação do Casal do Catarredor (ACC), liderada por José Bento, ao pároco António Domingues, em dezembro passado, após a conclusão do restauro do missal pela Biblioteca Nacional de Portugal.
Em causa está um projeto da ACC para obras na capela e melhorias na aldeia ao abrigo de uma candidatura ao programa ‘Renovação de Aldeias’, aprovada em 2021, que incluía intervenções em percursos pedestres e linhas de água, assim
como a construção de pontes em madeira O objetivo e demais detalhes do projeto terão sido abordados pela primeira vez, em setembro de 2023, num ‘e- -mail’ da entidade promotora às congéneres do Vaquerinho e do Candal, assim como às mordomas da capela, no qual se referia ter terminado o prazo de execução “sem estarem concluídas as obras por dificuldades de entendimento entre a mordomia e a associação”. Nessa comunicação, que incitava os destinatários a tomarem posição com urgência, a Associação do Catarredor aludia também à existência de um contrato de comodato com a Fábrica da Igreja da Lousã, proprietária do edifício.
O documento, até então desconhecido das comunidades do Candal e do Vaqueirinho, previa a cedência de bens afetos à capela, como o referido missal, datado de 1675, cujo restauro foi também contemplado pelo projeto.
Em outubro de 2023, representantes dos lugares do Candal, do Catarredor e do
Vaqueirinho reuniram-se e vieram a aprovar as obras, por maioria, com a ressalva de ser criado, pelas três associações, um regulamento de utilização da capela, por proposta da Associação do Candal, presidida por Filipe Ferreira.
Ficou igualmente acordado que seria criada uma comissão da capela composta por sete elementos: o pároco da Lousã, um representante de cada aldeia, a nomear pelas atuais mordomas, e um de cada associação.
Na recente comunicação escrita, a Associação do Catarredor refere que, desde essa data, “não foram desenvolvidos quaisquer esforços para se concretizar a legalização da comissão da capela e apresentar uma proposta de regulamento,
condição fundamental para salvaguardar o enquadramento da intervenção no âmbito do projeto cofinanciado”.
Em agosto de 2024, a Associação do Catarredor votou, em assembleia-geral, a alteração ao projeto “com desistência das componentes de investimento que ainda não estavam executadas no que se refere à capela, transferindo as verbas
para outros fins de benefício da aldeia e da ACC”, conclui o e-mail.
Fontes/Links:
Outros Links:
https://vaqueirinho1999.blogspot.com/p/a-capela-de-nossa-senhora-das-preces-na.html
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