Barómetro do Poder Local

 



Como é que os portugueses veem o poder local?


Em vésperas de eleições autárquicas, a Fundação Francisco Manuel dos Santos lançou um novo barómetro que avalia o que os portugueses pensam do poder local. Estão satisfeitos com o seu funcionamento? Participam nas decisões? Que perfil deve ter um candidato à liderança das autarquias? 


O poder local é, desde há quase 50 anos, uma arena incontornável na vida
democrática portuguesa (de Sousa et al., 2015). Com a consolidação da democracia autárquica, os municípios e as freguesias tornaram‑se protagonistas na prestação de serviços públicos e na promoção da participação cívica — estando na linha da frente da resposta aos desafios e às transformações enfrentados pelos territórios (Teles, 2021). São, hoje, peças fundamentais na concretização de políticas públicas de proximidade e na construção da coesão territorial.


Vale a pena ler o relatório e conhecer um pouco melhor como estamos nestas matérias; atente nos seguintes excertos:


As democracias locais contemporâneas enfrentam um conjunto de dilemas:
por um lado, continuam a ser as instituições públicas mais bem vistas; por outro,
sofrem de baixos níveis de participação eleitoral e cívica e de envolvimento
político efetivo (Smith, 2009; Denters et al., 2014). Os cidadãos até podem confiar
mais nos seus autarcas do que nos seus representantes em outros níveis, mas
não se sentem ouvidos; podem estar mais satisfeitos com a governação local,
mas mantêm‑se distantes da vida política. Esta tensão entre satisfação/confiança
e distanciamento/desafeição política, entre legitimidade formal e participação
real, constitui um dos desafios centrais das democracias locais no século XXI
(Bouckaert e Kuhlmann, 2016).


Este barómetro revela também níveis baixos de participação ativaA grande maioria dos inquiridos (54%) nunca participou em eventos ou reuniões promovidas por instituições do poder local. Esta realidade aponta para um padrão recorrente nas democracias ocidentais: uma «cidadania espectadora» mais do que interventiva (Dalton, 2008). A fraca participação pode também estar relacionada com o sentimento de que os políticos não estão interessados no que os residentes pensam, como identificado anteriormente.


Data: 8-09-2025



Fontes/Links:

https://ffms.pt/pt-pt

https://ffms.pt/pt-pt/estudos/barometros/barometro-do-poder-local

https://ffms.pt/sites/default/files/2025-09/Bar%C3%B3metro%20Poder%20Local%20%281%29%20%282%29.pdf

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