⚪ - Associados - ainda sobre a Proposta de Operação Integrada de Gestão da Paisagem Serra da Lousã da AGASL


Na sequência da anterior divulgação feita aqui no Blog, a pedido do nosso Associado, Luís Capela, do documento por si elaborado, em jeito de comentários, sugestões e questões, sobre a Proposta de Operação Integrada de Gestão da Paisagem apresentada pela Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã- AGASL e oportunamente divulgada, em Outubro passado, no nosso Blog


Divulgamos o teor da resposta e esclarecimentos recebidos do Presidente da AGASL, Senhor Engenheiro Amândio Oliveira Torres:




 

From:

aigp.serradalousa@gmail.com

To:

Luis Almeida Capela (Yahoo)

Cc:

Gonçalo Coimbra

,

CML - Manuela Ferraz


Fri, 19 Jan at 15:54


Exmo. Sr. Luís Capela   


Agradecemos o contacto e iremos tentar dar resposta a todas as dúvidas colocadas e procuramos com esta comunicação prestar os esclarecimentos abaixo expressos para o efeito.


Comentário da pág. 13


O mapa da POSA não contempla os cortes que têm vindo a decorrer na área da AIGP, mas sim a ocupação que o solo tinha antes do corte. Quanto à restante atualização, esta foi feita, tendo por base a COS18 da Direção Geral do Território (DTG), que foi aperfeiçoada por nós.


As regras de análise são da dGT e temos informação da área cortada.


Comentário da pág. 15


No mapa da POSP já foi tido em conta os cortes que ocorrem desde 2021. A proposta para estas áreas é a replantação com carvalho-alvarinho (Quercus robur), carvalho-negral (Quercus pyrenaica), cerejeira-brava (Prunus avium) e bétula (Betula pubescens). No entanto, devido às leis de defesa da floresta contra incêndios, não serão rearborizadas as áreas que distem menos de:


·         10 m da rede viária


·         100 m de aglomerados populacionais


·         30 m de pontos de água de combate a incêndios


·         7 m de linhas de média tensão


Como consequência, e mesmo com a arborização de áreas que antes não o eram (arborizações propostas por cima do Candal), a área florestal final será ligeiramente inferior à inicial.


A redução de área florestal é residual na área da AIGP Serra da Lousã. Deve-se à necessidade de criação de descontinuidade florestal para proteção das aldeias e à instalação de uma nova Rede Primária.


A redução da floresta de pinheiro-bravo é nos alheia, estando neste momento a área a reconverter a aumentar, devido a cortes, em parte ilegais (sem consentimento de alguns dos proprietários), que estão a ocorrer na Serra. Qualquer regeneração natural de pinheiro-bravo que venha a vingar será protegida e continuará a integrar a paisagem futura da área da AIGP em povoamentos mistos de P e folhosas diversas. No entanto ainda não sabemos onde esta irá ocorrer, sendo que a área cortada conta neste momento com forte regeneração de mimosas, o que certamente comprometerá pontualmente o surgimento de novos povoamentos de pinheiro-bravo.


A localização da AIGP em Rede Natura 2000 orienta-nos para a opção da rearborização  com misto de folhosas e aproveitamento da regeneração de pinheiro bravo que venha a ocorrer.


A redução da floresta de eucalipto é de 1.65 ha, em 25.05 ha (6.6%), que não consideramos “significativa”. Deve-se à instalação de Rede Primária e Secundária.


Comentário da pág. 17


As propostas evidenciadas na POSP e nas Unidades de Intervenção (UI) serão para cumprir até 2025, o que é um prazo apertado para fazer uma proposta mais ambiciosa no que toca às invasoras, tendo também em conta que há outros objetivos. Assim, irá proceder-se ao controlo das invasoras onde estas formam núcleos que ainda são de reduzida dimensão, evitando assim a sua expansão no território, e nas áreas mais consolidadas irá fazer-se uma redução de combustível e de densidade, de forma a criar uma base para uma futura reconversão da área e para reduzir a propagação de um eventual incêndio na área da AIGP.


Quanto aos polinizadores e apicultura, ainda não temos nada em concreto, mas será algo a ter em conta no futuro e agradecemos a proposta, está assinalado interesse de instalação de apicultores na área do casal do Candal e existem condições para que outros o possam fazer em áreas adequadas na restante área.


Comentário da pág. 18


Nas áreas onde está proposta a instalação de agricultura, será colocada uma vedação para proteção das culturas dos ungulados selvagens e do gado doméstico.


 Comentário da pág. 24


A OIGP não irá efetuar intervenções dentro das aldeias. Tanto a envolvente do Vaqueirinho e do Catarredor como a das outras aldeias serão intervencionadas, já as Silveiras estão fora da área de intervenção da AIGP pelo que não serão contempladas de todo.


As Aldeias do Xisto apenas integram estas 4 aldeias, mas o projeto abrange todas menos a Silveira por estarem fora da área do projeto


Comentário da pág. 27


Registamos o seu comentário. Mas o propósito da entidade gestora é executar o que programa.


Comentário da pág. 40


Quanto aos cortes que continuam a ocorrer na Serra, esperamos que assim que a AGASL fique a gerir a área, esta possa intervir nesse processo, contudo não é objeto nem competência da OIGP regulamentar as ações a desenvolver na serra da Lousã. Isso caberá as entidades competentes.


Comentários da pág. 42


Apenas as áreas agrícolas irão ser protegidas por vedação, exatamente por ser oneroso. Quanto à redução da área de castanheiro, esta deve-se aos cortes que têm vindo a ocorrer na serra. A área cortada será rearborizada, e sempre que haja regeneração natural de castanheiro ou de outras espécies não invasoras, essa será salvaguardada e protegida.


Comentário da pág. 56


Ver resposta ao comentário da pág. 17


 

Comentários das págs. 61 e 75


Alguns troços das galerias ripícolas serão intervencionados, nomeadamente na ribeira da Vergada (a montante da estrada das aldeias), a ribeira a montante da Casa dos Cantoneiros, a ribeira do Catarredor, a montante da aldeia, e ainda as ribeiras do Candal e da Lomba dos Vizinhos, a montante da Estrada Nacional 236.


Comentário da pág. 77


Ler resposta ao comentário da pág. 42


Comentário da pág. 93


Ler resposta ao comentário da pág. 40


Comentários das págs. 123 e 124


Quanto aos herbicidas, estes serão aplicados por pincelagem, ou seja, corta-se a árvore e imediatamente depois é aplicado o herbicida com um pincel na secção do tronco que fica exposta na toiça, de modo a matar as raízes. Esta técnica torna a aplicação muito mais localizada, ao contrário de uma pulverização, o que ajuda a evitar contaminações desnecessárias.


Comentário da pág. 125


A OIGP prevê a manutenção de troços de estrada, nomeadamente o de uma estrada de terra batida que parte do tanque de água de combate a incêndios junto ao Vaqueirinho em direção à Vergada, que creio ser a estrada a que se refere. No entanto, apenas a parte da estrada na margem direita da Vergada pertence à área da AIGP, pelo que apenas iremos intervir nesse troço.


Outros troços que serão melhorados são os caminhos que se encontram por cima do Candal e a estrada que passa por baixo do Casal Novo.


Comentário da pág. 136


A agricultura contempla a plantação de árvores de fruto com baixas necessidades hídricas e que apenas necessitarão de rega nos primeiros anos após a instalação (aveleiras e citrinos), pelo que não irão consumir grandes quantidades de água.


De facto, no Chiqueiro não é contemplada a instalação de culturas agrícolas, mas sim de uma área para pastagem do rebanho que existe nesta aldeia.


Comentário da pág. 145


O cadastro está a ser realizado pelo BUPi, à medida que os proprietários fazem o registo dos seus terrenos. A maioria da área da AIGP já se encontra cadastrada (77%).


--

Com os melhores cumprimentos


Amândio Oliveira Torres

Presidente da Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã


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