na sequência da nossa mensagem de 2-SET-2022 sobre este tema, decididamente, os javalis são uma praga...
Javalis dão prejuízos de milhões aos agricultores
Animais destroem produções agrícolas,
em especial campos de milho.
São uma praga, ninguém sabe quantos
são, mas é certo que têm vindo a reproduzir-se em grande número e ocupam cada
vez mais território em Portugal. Os javalis dão prejuízos elevados aos
produtores agrícolas – em 2020 e 2021, nas plantações de milho e sorgo, foram
superiores a 1 milhão de euros. Destroem plantações e equipamentos, e têm
provocado acidentes rodoviários, até mortais. […]
Fonte/ Links:
Correio da Manhã 08-09-2022 | 01:30
https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/javalis-dao-prejuizos-de-milhoes-aos-agricultores
e,
há 3 anos em 24/08/2019 às 12:34
o Jornal Online
noticiava
ICNF
reconhece aumento de javalis em Portugal
O Instituto da Conservação da Natureza
e das Florestas (ICNF) reconheceu que há um aumento de javalis em Portugal
porque foram avistados mais animais desta espécie e aumentaram os pedidos de
abate.
“Tendo em conta o número crescente dos
avistamentos, o aumento dos pedidos de correção de densidades [número da
população] e o consequente aumento do número de abates por parte das zonas de
caça, existe uma perceção de que as populações desta espécie estão a aumentar”,
referiu o ICNF à agência Lusa.
De acordo com a entidade, este
fenómeno tem correspondência com o que se tem vindo a verificar em praticamente
em todos os países europeus ao longo da última década.
Para controlar o aumento da espécie em
território nacional, o Governo determinou a implementação de plano de correção
do número da população de javalis, em articulação com as organizações do setor
da caça, tendo já sido publicados dois editais de correção extraordinária da
densidade de javalis.
O ICNF referiu ainda que, ao abrigo
dos dois editais, é permitido abater javalis pelos processos de espera e de
batida, até 30 de setembro, em zonas de caça. O período de correção poderá ser
alargado, após avaliação em outubro.
Em declarações à Lusa, o
secretário-geral da Federação Nacional de Caçadores e Proprietários, Eduardo
Biscaia explicou que o processo de espera ocorre durante a noite, em
determinados locais – zonas de caça, onde os caçadores colocam alguns
comedouros para atrair os javalis.
Já o processo de batida, segundo o
dirigente, exige “uma requisição do ICNF pelas zonas de caça, para que sejam
minimizados os prejuízos”, através de caçadores locais.
No entanto, o ICNF assegurou que “tem
vindo a autorizar as correções de densidades requeridas e tem vindo a
sensibilizar as entidades titulares e gestoras de zonas de caça para a
necessidade de cumprimento das respetivas obrigações”.
Como quase todo o território
cinegético, em Portugal, está ordenado com zonas de caça, o ICNF lembrou ainda
que “a responsabilidade pela gestão das populações de javali e pelo pagamento
de prejuízos [em especial à agricultura] que estas provoquem é das entidades
titulares e gestoras de zonas de caça”.
Para o Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas, não é possível obter densidades e valores absolutos
de comunidade de javalis em Portugal, uma vez que se trata de uma espécie com
grande capacidade de mobilidade.
“A sua elevada capacidade de
reprodução, de adaptação a vários ambientes e a diversas fontes de alimentação
potenciam a sua dispersão”, sublinhou, indicando que os incêndios e a seca têm
contribuído para aumentar a dispersão de javalis por várias áreas em busca de
alimento.
Atualmente, o ICNF está a elaborar um
estudo com a duração de um ano sobre a biologia do javali, através de
observações diretas e indiretas nas zonas de amostragem previamente definidas.
A entidade ressalvou que “a obtenção de resultados minimamente consolidados implica a observação e acompanhamento das populações existentes ao longo de um ciclo anual”, durante as quatro estações – primavera, verão, outono e inverno.
Fonte/
Link:
https://ominho.pt/icnf-reconhece-aumento-de-javalis-em-portugal/
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