15 fevereiro 2023

os cortes rasos...


A exploração madeireira com objetivos sanitários assegura o futuro das florestas?

Muitos silvicultores afirmam que a exploração madeireira sanitária é fundamental para assegurar os futuros recursos económicos das florestas. Em muitas áreas protegidas, a exploração madeireira sanitária é usada como uma forma de gestão intermédia para prevenir ou impedir infestações que se espalham para outras árvores próximas. No artigo anterior desta série, focámo-nos no impacto da exploração sanitária na biodiversidade. A questão deste artigo é saber se as práticas sanitárias de exploração madeireira, tal como hoje implementadas, são a forma de assegurar adequadamente o futuro das florestas.


Conflitos ideológicos

Para as comunidades locais, a exploração madeireira proporciona prosperidade económica. Muitas famílias têm laços muito estreitos com a indústria florestal, muitas vezes gerações após gerações obtêm o seu rendimento da silvicultura. E mesmo que a investigação científica prove claramente que a eficiência termodinâmica de uma floresta, o que significa que a resiliência contra as alterações climáticas depende da variedade de idades, espécies e estrutura, e que a exploração madeireira tem um efeito negativo na biodiversidade, muitos silvicultores não se manifestam a favor da introdução de práticas florestais mais sustentáveis. A que se deve isso?


Ambientalistas e silvicultores procuram frequentemente o mesmo objetivo: ter uma floresta saudável, rica em biodiversidade e resiliente contra as alterações climáticas. O conflito reside, portanto, num nível mais ideológico. As leis ambientais da UE e a consciência ecológica emergente dividem as pessoas a quem acredita que a natureza deve assumir o controlo da sua regulação, e o grupo que acredita que a natureza simplesmente não pode sobreviver sem a gestão humana. Neste sentido, apesar da evidência em contrário, os silvicultores muitas vezes sentem que é necessário intervir quando há um surto, para salvar a floresta e, portanto, a sua fonte de rendimento. Os ambientalistas estão nestas situações muitas vezes retratados como os maus da fita, os chamados "eco-terroristas", que se opõem ao uso de uma moto-serra independentemente do contexto. A situação é, portanto, bastante simplificada, faltando meio termo: os ambientalistas recebem os seus salários para fazer campanha por processos naturais, os silvicultores recebem os seus salários para gerir as suas áreas de serviços florestais.


As más práticas no abate de árvores prejudicam as florestas

Os cortes rasos feitos de forma errada, mesmo que feitos por razões sanitárias podem danificar a vida selvagem, a qualidade da água e, em geral, a beleza cénica de uma área. Florestas sustentáveis e escolhas inteligentes provêm do conhecimento recolhido por ambientalistas e silvicultores. A realidade é que as leis e regulamentos ambientais não causarão impactos económicos adversos e os ambientalistas não são inimigos. Estas leis ambientais são essenciais para especificar ações como o cumprimento dos requisitos de zonagem ou o respeito das áreas de corte restrito, por exemplo, nos períodos de nidificação ou de acoplamento de veados vermelhos. As florestas são ecossistemas vulneráveis e os padrões climáticos extremos mudam precisa de uma gestão florestal integrada claramente definida, na qual todos os especialistas têm a sua palavra.


Rumo a uma silvicultura sustentável

Com o turismo natural a ganhar uma rápida popularidade em áreas protegidas, os turistas podem contribuir para uma maior extensão da economia local anualmente do que os poucos locais que trabalham na silvicultura. Tendo uma abordagem de gestão coordenada, os parques nacionais podem ser um local para processos naturais e diversidade biológica, servir como recreação para locais e turistas e, ao mesmo tempo, contemplar áreas que assegurem madeira para os locais. Vamos encontrar um ciclo equilibrado entre a função de produção da floresta e a sua população selvagem.


Fontes/Links:

https://wilderness-society.org/does-sanitary-logging-secure-the-future-of-forests/

https://vaqueirinho1999.blogspot.com/2023/01/corte-raso-de-arvores-na-serra-da-lousa.html

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14 fevereiro 2023

Assembleia Geral - Convocatória


Fontes/Links:

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11 fevereiro 2023

a praga dos javalis

 


retomando o tema dos javalis já aqui abordado em várias mensagens voltamos ao tema com a divulgação do artigo publicado recentemente pela WILDER:

 

como lidar com uma “praga” de javalis

 Por Helena Geraldes

08.02.2023

-Excerto-

 

? como se pode lidar com as visitas frequentes de javalis (Sus scrofa), “que levantam tudo à sua passagem”.

 

O javali está amplamente distribuído por todo o território português, onde o único predador que dele se alimenta é o lobo-ibérico (Canis lupus signatus), segundo o site do Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal Continental

 

https://livrovermelhodosmamiferos.pt/especies-do-livro-vermelho-curiosidades-sobre-o-javali/

 

Colocada a questão, o ICNF e este respondeu que:

 

no “Parque Natural da Arrábida [e na Serra da Lousã] não existem predadores naturais do javali, pelo que o controlo dos exemplares desta espécie apenas poderá ser efetuado pelo homem, dentro dos parâmetros legalmente previstos”.

 

Uma das opções será instalar cercas de proteção nos terrenos afetados, a expensas do proprietário.

 

Em complemento, refere a possibilidade de ações de correção da densidade daquela espécie, através de autorização passada pelo ICNF.

 

Antes de mais “é preciso perceber se a área em questão é terreno ordenado ou não. Caso seja terreno ordenado, deverá dirigir-se à Direção da Entidade Gestora da área, sendo que a mesma poderá diligenciar junto do ICNF a atribuição de selos para caça maior (javali) para efeitos de implementação de ações de caráter venatório (selos amarelos) ou de ações de caráter excecional de correção/prevenção de densidades excessivas (selos vermelhos). Caso seja terreno não ordenado poderão os proprietários indicar um ou mais caçadores que irão proceder às ações de correção de densidades excessivas de javali (selos vermelhos). Os pedidos de selos só poderão ser efetuados através da aplicação/plataforma informática RUBUS, disponível no portal do ICNF através deste link. Pode aceder aos procedimentos de registo de acesso e do utilizador diretamente através deste link, acrescentou o ICNF.

Link:

https://icnf.gitbook.io/selos-da-caca/rubus/enquadramento

 

 


Outras Fontes/Links:

https://www.wilder.pt/naturalistas/leitores-como-lidar-com-uma-praga-de-javalis/

https://livrovermelhodosmamiferos.pt/

https://vaqueirinho1999.blogspot.com/2022/09/os-javalis-estao-debaixo-de-fogo-de.html

https://vaqueirinho1999.blogspot.com/2022/09/javalis.html


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10 fevereiro 2023

Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã – AGASL

Na sequência da recente troca de mensagens de e-mail com o Presidente da Comissão Instaladora da Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã – AGASL, colhemos o feedback que seguidamente aqui transcrevemos:

 

«A Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho – AMPV esteve, desde a primeira hora, envolvida na criação da Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã, através do sócio fundador Pedro Manuel Ribeiro Diniz Martins.

 

Nesta fase, estamos a elaborar a proposta de Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP), que será discutida com as associações e proprietários, e a desenvolver os trabalhos necessários ao adequado conhecimento e gestão da propriedade rústica e mobilização dos proprietários, no sentido de promover as operações de cadastro necessárias à obtenção da configuração geométrica dos prédios que integram a AIGP e demais dados cadastrais, nos termos do artigo 20.º do RJRP.

 

Assim, e por forma a divulgar e mobilizar os proprietários do Vaqueirinho, informo que, segundo o n.º 3 do artigo 8.º dos Estatutos, são associados efetivos todas as pessoas singulares ou coletivas que sejam proprietários e/ou produtores florestais e que possuam e/ou detenham, por qualquer título válido, propriedades com aptidão florestal e agroflorestal inseridas na área de intervenção da AIGP Serra da Lousã.

 

Conforme estatuído no artigo 23.º os associados contribuem financeiramente para a associação com uma joia e quota anual dependente da respetiva área: ≤ de 5 ha- 10 €/ano; > 5 a ≤50 ha - 30 €/ano; > 50 ha - 1€/ha/ano.

 

Ficha de Inscrição de Sócio para preenchimento completo, e devolução com anexo do comprovativo da titularidade, sendo que, caso a soma da área das propriedades inseridas na AIGP seja inferior a 1,5 hectares, apenas precisará de comprovar a titularidade de um único prédio rústico, não obstante identifique todos os artigos matriciais.»

 

 

Data: 10.02.2023


Fontes/Links:

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa-sumula-da.html

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa-reuniao-de-trabalho.html

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/agasl-assembleia-geral-22-07-2022.html

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/criada-associacao-para-gestao-da.html

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa.html

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/a-nova-associacao-agasl.html

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29 janeiro 2023

Notícias da Vila...

 


Nomeados novo Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade do Município da Lousã e novo Conselheiro para a Igualdade de Género

 

O Presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, nomeou José Fernandes Moreira como novo Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade do Município da Lousã e Pedro André Jesus Martins como Conselheiro Externo para a Igualdade do Município da Lousã.

 

A Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã foi criada em 2004, tendo iniciado a sua atividade em 2005 e funcionado desde então, ininterruptamente, até 2020, ano em que faleceu o Provedor em funções, João Henriques, e que coincidiu com o período de pandemia. Com esta nomeação, pretende-se dar continuidade ao importante trabalho realizado.

 

Destacam-se das funções de Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, velar pelo cumprimento das leis e das boas práticas em matéria integrada na área social da deficiência, dar parecer sobre assuntos relacionados com a área da deficiência quando lhe forem solicitados por órgãos autárquicos e promover ações de formação, sensibilização e esclarecimento em matérias relacionadas com a mobilidade e acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida, entre outras.

 

Já o Conselheiro Externo para a Igualdade do Município da Lousã, vai integrar a Equipa para a Igualdade na Vida Local, que tem como atribuição acompanhar e dinamizar a implementação das políticas locais, para a cidadania e a igualdade de género, conforme o Quadro de Referência do Estatuto das Conselheiras e dos Conselheiros Locais para a Igualdade, segundo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 39/2010.

 

Para Luís Antunes, Presidente da Câmara Municipal, estas duas nomeações “vêm reforçar e comprovar a atenção permanente que a Autarquia tem a estas áreas de intervenção tão específicas e importantes para uma comunidade cada vez mais feliz, coesa e desenvolvida”. Luís Antunes afirmou ainda que está certo que “os dois nomeados irão dar um contributo relevante para a concretização dos objetivos importantes que promovam a construção de uma comunidade cada vez mais solidária”.

 

publicado a 16 de janeiro de 2023 no CM Lousã - Portal Institucional https://cm-lousa.pt/

 

 


Foi ao ler o Jornal Trevim, edição de 26 de janeiro de 2023 | N.º 1501

 

Que ficámos a saber quem era quem….

 

o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade do Município da Lousã é


 

e os contactos do Provedor podem ser obtidos onde?

 

A informação disponível no Portal Institucional da CM Lousã sobre a Metodologia de Trabalho do Provedor refere que:

a) A atividade do Provedor baseia-se em iniciativas suas, participações, queixas ou denúncias de terceiros;

 

e, perguntamos nós, como e como se dirige uma pessoa com incapacidade ao Provedor?

 

e-mail, telefone?

 


 

Fontes/Links:


 
N.º 1501

 

https://cm-lousa.pt/nomeados-novo-provedor-municipal-das-pessoas-incapacidade-do-municipio-da-lousa-novo-conselheiro-igualdade-genero/

https://cm-lousa.pt/atividades-municipais/provedoria-mun-das-pessoas-com-incapacidades/

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25 janeiro 2023

sobre a execução de FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

 

a propósito do Edital 8/2023 da CM Lousã de 19 de Janeiro 2023...


no que diz respeito à Aldeia do Vaqueirinho e sobre a execução das FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL NA ALDEIA DO VAQUEIRINHO E RESPETIVA ESTRADA DE ACESSO, atente-se nas medidas anunciadas pela Autarquia:


▶ A CM Lousã divulgou em 9 de agosto de 2018:

 

A Câmara Municipal da Lousã disponibiliza os mapas respeitantes às faixas de gestão do combustível (limpeza) dos aglomerados populacionais:

 

https://cm-lousa.pt/?s=Faixas+de+gest%C3%A3o+do+combust%C3%ADvel+dos+aglomerados+populacionais

 

informando igualmente que:

 

Nos aglomerados populacionais é obrigatória a gestão de combustível numa faixa exterior de proteção de largura mínima não inferior a 100 metros.

 

https://cm-lousa.pt/atividades-municipais/protecao-civil-e-florestas/faixas-gestao-do-combustivel-dos-aglomerados-populacionais/

 

▶ As FGC do Vaqueirinho e Catarredor


https://cm-lousa.pt/wp-content/uploads/2018/08/VaqueirinhoeCatarredor.pdf

 

 

 

▶ O Jornal Trevim, divulgou a 5 de novembro de 2020:

 

O Fundo Ambiental (FA) vai financiar várias intervenções nas aldeias serranas do concelho da Lousã, no valor de 49 971,58 euros (…)

 

(…) Deverá ser criada uma faixa de gestão de combustíveis de 100 metros, na envolvente ao Vaqueirinho e Catarredor. (…)

 

 

 

 

▶ A CM Lousã anunciou a 19 de março de 2021:

 

Projeto “Condomínio de Aldeias” em curso na Lousã.

 

(...) Na aldeia do Vaqueirinho, será implementada uma faixa de 100 metros em torno da Aldeia, através da gestão de combustíveis. (...)

https://cm-lousa.pt/projeto-condominio-aldeias-curso-na-lousa/

 



▶  já estamos em janeiro de 2023:

 e ainda estamos a aguardar pelas referidas FGC...



 

Data: 25-01-2023


Fontes/Links:

 

https://cm-lousa.pt/autarquia/executivo-municipal/editais/

 

https://cm-lousa.pt/wp-content/uploads/2023/01/Edital-8.pdf

 

https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/projeto-condominio-de-aldeias-programa.html

 

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17 janeiro 2023

Ação de sensibilização - Vespa Velutina



O Município da Lousã e a CIM Região de Coimbra, com a colaboração da Lousamel Crl, irão promover uma sessão de esclarecimento sobre o projeto de Deteção e Combate à Vespa Velutina, no dia 19 de janeiro de 2023, pelas 18h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Comendador Montenegro.

Esta ação dirigida é aos apicultores e ao público em geral, e tem como objetivo apresentar a estratégia intermunicipal de prevenção e combate à Vespa Velutina, bem como divulgar os resultados obtidos das ações implementadas no concelho da Lousã.

 

Data: 16-01-2023

Fontes/Links:

https://www.facebook.com/search/top?q=c%C3%A2mara%20municipal%20da%20lous%C3%A3

https://cm-lousa.pt/?listas_ficheiros=plano-acao-vigilancia-controlo-da-vespa-velutina-portugal

https://cm-lousa.pt/atividades-municipais/ambiente/plano-acao-vigilancia-controlo-da-vespa-velutina/

https://youtu.be/QhplvMQWqE8

https://www.asbeiras.pt/2019/08/lousa-regista-aumento-significativo-da-presenca-da-vespa-velutina/

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15 janeiro 2023

a AIGP Serra da Lousã - (reflexões)


 já há 10 anos atrás (em 2013) afirmava António Borges,


Instituto das Florestas defende arborização da serra da Lousã

 

Góis, 05 jun 2013 (Lusa) - Um representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) defendeu hoje a arborização da serra da Lousã como um dos recursos que "não estão devidamente" aproveitados.

 

"Vocês deviam valorizar mais estes recursos endógenos", disse António Borges, em Góis, ao intervir na I Conferência sobre a Serra da Lousã, promovida pela Lousitânia - Liga de Amigos da Serra da Lousã.

 

Para o dirigente do ICNF, "há um conjunto de valores que a serra encerra", a começar pelas espécies autóctones, num maciço montanhoso, que "produz diariamente milhares de toneladas de matéria orgânica".

 

No entanto, "são os incêndios que levam regularmente" este recurso natural.

 

António Borges realçou que também a produção de cogumelos e a caça "ninguém aproveita" na região.

 

"Lanço aqui um repto a uma entidade que nos faça uma proposta para gerir este recurso", afirmou.

 

António Borges foi um dos oradores do debate "Poder político, turismo e desenvolvimento regional/local: balanço e novas oportunidades para a serra da Lousã".

 

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, disse que importa adotar "soluções de gestão integrada" desta montanha, um objetivo que nas últimas décadas tem sido preconizado por autarquias e outras entidades públicas.

 

"Que tipo de entidade gestora pode dar este salto qualitativo?", perguntou, perante uma plateia que chegou a integrar quase uma centena de pessoas, entre autarcas, empresários, técnicos e dirigentes associativos.

 

Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal, demarcou-se da "excessiva litoralização" da atividade turística, na região e no país, e preconizou um reforço da "valorização do território do interior", através de projetos a realizar com financiamentos do próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN, 2014-2020).

 

Machado deu o exemplo do turismo religioso, em Fátima, cujo santuário é visitado anualmente por milhões de pessoas, e defendeu que é necessário" fazer com que esses fluxos venham a este território" de baixa densidade demográfica.

 

Na primeira mesa-redonda, usaram ainda da palavra o geógrafo Paulo de Carvalho, investigador e docente da Universidade de Coimbra, que moderou o debate, o presidente da Lousitânia, Paulo Silva, e os presidentes de seis dos sete municípios abrangidos pela serra da Lousã, que se estende pelos distritos de Coimbra e Leiria.

 

Intervieram os autarcas Lurdes Castanheira (Góis), Luís Antunes (Lousã), Fátima Ramos (Miranda do Corvo), Fernando Lopes (Castanheira de Pera), Rui Silva (Figueiró dos Vinhos), João Marques (Pedrógão Grande) e Luís Matias (vice-presidente da Câmara de Penela).

 

Artur Côrte-Real e Miguel Ventura, em representação da direção regional da Cultura e da Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), respetivamente, foram outros dos oradores da conferência.

 

Depois de o autarca Rui Silva ter enaltecido as potencialidades de agregação multimunicipal do Encontro de Povos da Serra da Lousã, que desde 1997 acontece no recinto do Santo António da Neve, Paulo Silva e Miguel Ventura propuseram que a iniciativa seja adotada como "Dia da Serra da Lousã".

 

O encontro, cuja 17.ª edição está marcada para 13 de julho, é promovido por três jornais (Trevim, A Comarca de Figueiró e Mirante) e pela associação Caperarte.

 

Data:5 Junho 2013

 

Fontes/Links:

https://www.rtp.pt/noticias/pais/instituto-das-florestas-defende-arborizacao-da-serra-da-lousa_n657012

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02 janeiro 2023

Corte raso de árvores na Serra da Lousã


O JORNAL TREVIM DIVULGOU NA SUA ÚLTIMA EDIÇÃO DE 2022

Edição n.º 1499

29-12-2022

 

Operação florestal decorre “em domínio privado”

Corte raso de árvores na Serra da Lousã ainda sem solução

Por: Soraia Santos

 

Um recente corte raso de árvores na Serra da Lousã, em área da Rede Natura 2000, “não contraria as orientações de gestão definidas no plano setorial” para aquela Zona Especial de Conservação (ZEC), disse ao Trevim uma fonte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 



Segundo a entidade, que cita a legislação em vigor, o corte de “vários hectares” de eucaliptos e de pinheiro- -bravo, junto às aldeias do Talasnal, Vaqueirinho e Chiqueiro, entre outras, não carece de parecer, nem está prevista “qualquer disposição legal que exija aos proprietários ou operadores fazerem reflorestação das áreas”.

 

Inserida na ZEC da Serra da Lousã, a zona intervencionada não é propriedade privada do Estado, nem inclui áreas de baldio em cogestão e, por isso, não se encontra submetida ao regime florestal”.

 

Considera o ICNF que as operações, “mesmo em regime de corte raso, podem constituir um fator capaz de beneficiar os valores naturais existentes na Zona Especial de Conservação, porque podem criar descontinuidades temporárias à possibilidade de propagação dos incêndios em paisagens dominadas por formações vegetais de elevada combustibilidade”.

 

Câmara Municipal com “atuação limitada”

Na reunião da Assembleia Municipal do dia 14, Helena Correia, presidente da Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho, mostrou-se preocupada com “a salvaguarda do património natural”, colocando várias questões ao executivo, incluindo sobre a legalidade dos cortes.

Maria Franca, do PSD--CDS, também falou do “abate indiscriminado de populações, a decorrer no mesmo período em que a Lousã recebe o Prémio Nacional da Paisagem”.

O presidente da Câmara, Luís Antunes, disse não haver ilegalidade, “atendendo a que os cortes são em domínio privado”, citando informação que recebeu após comunicações ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, ao ICNF e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Também a providência cautelar, entretanto encetada pela Câmara, “não obrigou a parar os trabalhos”, informou o autarca, alegando que “a atuação do município está limitada”.

Com a constituição da Área Integrada da Gestão da Paisagem (AIGP), que abrange uma área de 897,2 hectares, no Candal, Casal Novo, Catarredor, Talasnal, Vaqueirinho e Chiqueiro, “serão criadas condições para que se evitem situações deste tipo”, concluiu.

Recorde-se que, no final de 2021, outra operação de corte na Serra levou quatro associações de moradores a avançar com um embargo extrajudicial.

O processo foi depois suspenso em virtude de um acordo com as empresas madeireiras, mediado pela Câmara Municipal, que ficou responsável por fazer o levantamento dos proprietários e das áreas em causa.

 

Comissão gestora da AIGP pede explicações

A comissão gestora da AIGP, constituída por representantes de associações das aldeias, pediu uma audiência ao presidente do ICNF, ainda sem resposta. Considerando “os cortes massivos que continuadamente ocorrem na área delimitada pela AIGP” pretende “esclarecer responsabilidades dos poderes e autoridades públicas, avaliar a forma de evitar a continuação das más práticas de exploração florestal na Serra, analisar se a empresa que está a explorar cumpre os requisitos legais e se os manifestos de corte correspondem ao que se constata no terreno”.

 

"Achámos que nos tínhamos de manifestar junto dos poderes públicos”, disse ao Trevim Marco Correia, presidente da comissão instaladora que gere a AIGP. Marco Correia disse que também a direção regional do centro do ICNF não respondeu ainda a um pedido de identificação dos proprietários e outros titulares das áreas cortadas nos últimos anos, dados que são “imperiosos para se planear adequadamente o projeto da paisagem futura”.


Data: 2-01-2023

 

Fontes/Links:

Edição n.º 1499

29-12-2022

https://www.trevim.pt/

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01 janeiro 2023

Bom Ano de 2023!

 

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“Como se pode chamar renovável a um recurso que precisa de meio século para se repor?”

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