18 abril 2022

Educação Ambiental (10 Golden Rules for Reforestation)

Para mais detalhes, consulte em Outros Links de Interesse  






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03 abril 2022

Governo afirma que legislatura é determinante para mudar "de vez" floresta e evitar tragédias

 Divulgações relevantes:

Agência Lusa , 1-04-2022



1 de Abril ?

a legislatura tem 4 anos, a floresta precisa de quantos?

então, embora lá! mãos à obra!

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28 março 2022

a Água do nosso descontentamento...

 Divulgamos aqui um artigo de opinião de Ana Serrão, da ZERO, Associação Sistema Terrestre Sustentável, que se nos afigura relevante no atual contexto.


relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), divulgado no passado dia 28 de fevereiro, é devastador. As alterações climáticas estão a ocorrer muito mais rapidamente do que o esperado, alimentadas por ciclos de feedback positivo.

Portugal tem vindo a registar um agravamento do índice de aridez, colocando mais de 60% do país suscetível à desertificação.


Com alterações tão rápidas e dado que o ciclo da água tem vindo, há muito, a sofrer alterações causadas pela intervenção humana, é necessário repensar e agir rapidamente na gestão da água, como recurso estratégico fundamental à manutenção da vida.

A gestão da água faz-se em 3 etapas: a captação, a distribuição e o consumo.

De onde provém a água que gastamos?

captação de água é feita nas barragens, nos rios e nos aquíferos subterrâneos e a chuva costumava ser suficiente para repor os seus níveis, mas já não o consegue fazer plenamente, assim como já não consegue manter o caudal dos rios e muito menos repor os aquíferos.

No caso da agricultura, grande parte da rega é feita através de água captada nas invisíveis águas subterrâneas.

Em 2022, os Planos de Gestão de Região Hidrográfica concluíram que 97,3% e 98,5% das massas de água subterrânea se encontravam em bom estado quantitativo e qualitativo, respetivamente. Apesar de ser um bom indicador, sabemos que existe um claro excesso de consumo das águas subterrâneas, para alimentar uma paisagem cada vez mais sequiosa e que existem aquíferos significativamente contaminados com nitratos.

A depleção demasiado rápida das águas subterrâneas acarreta problemas graves que não se “vêem”. Esta água retira-se rapidamente do subsolo com a ajuda de estações de bombagem, mas demora uma eternidade a ser reposta, tendo a intervenção humana no planeta, com a consequente alteração do ciclo da água, tornado esse reabastecimento ainda mais demorado e escasso.

Anos de desinvestimento e falta de intervenção na rede de distribuição - cujas perdas atingem em certas autarquias os 70% -, sistemas de monitorização obsoletos, desperdício nas infraestruturas e no consumo, fizeram com que atualmente a distribuição seja responsável por uma imensidade de água desperdiçada. Esta má gestão tem consequências diretas no exaurimento dos aquíferos, das barragens e dos caudais, dado que as necessidades persistem e a água que se perde, torna necessário voltar a extrair, para repor o desperdício.

É urgente mudar radicalmente essa gestão. A prioridade deve ser uma intervenção musculada nos sistemas de distribuição, modernizando as infraestruturas e os seus sistemas de monitorização, até se atingirem valores de perdas minimamente aceitáveis.

Claro que, em matéria de consumo, é importante que cada um de nós faça a sua parte na contenção do uso da água no nosso quotidiano. Não é preciso inventar a roda. Basta usar a água com parcimónia e não a desperdiçar. Se puder ser criativo, melhor ainda.

Mas para realizar verdadeiras poupanças no consumo, a grande mudança tem de ser feita pelos grandes gastadores, em particular pelo grande consumidor de água no planeta: a agricultura, com a sua componente de pecuária.

A utilização de água potável para regar campos de golfe e jardins é o corolário do desperdício, mas é algo que pode ser solucionado de imediato, com as disponibilidades existentes, sendo já muitos os empreendimentos que o fizeram, com grande impacto, passando a utilizar exclusivamente águas cinzentas na rega. São soluções técnica e orçamentalmente exequíveis que deviam ser  implementadas por sistema.

Na indústria, as soluções são forçosamente personalizadas, específicas, mas estão dependentes apenas da vontade, do empenho e da persistência dos seus quadros dirigentes e técnicos, para encontrar a maior poupança possível com o menor custo possível.

Os agricultores por outro lado, são a base da nossa vida em sociedade e podem representar a maior fatia na poupança de água, em quantidade e consequentemente obter o maior impacto.

Mas não o conseguem fazer sem uma mudança de paradigma no mercado.

Todos somos capazes de investir em roupa e em gadgets caros, mas queremos comer barato. Todos queremos comer morangos no inverno e tangerinas no verão. Todos gostamos de frutos exóticos e de legumes estranhos ao longo de todo o ano. A pegada de água das nossas compras é enorme. Se queremos poupar água, como consumidores, devemos fazê-lo através das nossas compras.

Os agricultores precisam de ter um mercado que lhes compre, por um preço justo, os produtos frescos, de época, produzidos com mínimo consumo e mínimo impacto. Há que estabelecer regras para os preços de aquisição, para que o lucro não fique todo na distribuição. Há que certificar a produção implementando requisitos ambientais rigorosos, nomeadamente no consumo de água.

Temos de implementar métricas rigorosas para controlo do gasto de água e das necessidades de água, conforme a cultura e o modelo de cultivo. E informar o consumidor, fomentando uma escolha consciente.

E o preço justo para os agricultores tem de pagar o investimento em maior formação ambiental, melhores técnicas de cultivo, operações culturais menos invasivas e mais localizadas. Tem de pagar a capacitação das parcelas para a captação e armazenamento próprio de água, para a tecnologia de controlo de rega, tudo isto sempre com o melhor controlo ambiental existente no mercado.

A reconversão de todos os sistemas de produção de carne e derivados para o regime de extensivo, tal como já é feito com por alguns produtores em Portugal, como é o caso da produção de carne maronesa, com a deambulação livre dos animais a contribuir para um melhor controlo dos incêndios e a proliferação da florística regional. A carne pode chegar mais cara ao consumidor, mas chega mais saudável e com uma pegada ambiental incomparavelmente menor.

Chama-se a isto pagar o custo à cabeça, porque sem isso, o custo ambiental a pagar no futuro é infinitamente superior.

Se a isto o mercado responder com uma diminuição do consumo optando pela carne certificada, então é possível aumentar a resiliência da produção animal, em simultâneo com a diminuição da dependência de importação de carne de países com normas de produção muito pouco sustentáveis.

Mas tudo isso continuará a ser insuficiente, se não alterarmos radicalmente o modo como pensamos e intervimos na paisagem.


Nas áreas urbanas, a impermeabilização do pavimento, a construção em zonas de cheia, a canalização das linhas de água e as redes de recolha de pluviais, impedem a natural absorção da água da chuva, que escoa rapidamente em direção ao mar. Nos últimos anos tem havido progresso em algumas autarquias com a criação de zonas verdes que absorvem água, o reaproveitamento das águas das ETARs, a intercalagem de zonas impermeabilizadas com árvores, a conversão de passeios para pavimentos permeáveis e mesmo com a renaturalização de troços de cursos de água.

A grande diferença, no entanto, só poderá ser obtida pela reposição massiva de água nos aquíferos, nos solos e em todo o ciclo da água, para mitigar o impacto das alterações climáticas.

Fora das cidades, a renaturalização dos rios e de todos os cursos de água, a reflorestação com espécies nativas, o respeito pela orografia do terreno e pelas condições edafoclimáticas, num cuidado rigoroso pelas estruturas biofísicas basilares, são etapas fundamentais.

Os rios são estruturas vivas, parte fundamental do ciclo da água, mas são ecossistemas frágeis e não se compadecem com intervenções excessivas. A manutenção das galerias ripícolas obriga à criação de zonas de exclusão de intervenção, bem como a renaturalização de grandes áreas já intervencionadas anteriormente, repondo espécies fulcrais destas zonas, reforçando as margens para conter a erosão, restabelecendo a sinuosidade natural dos cursos de água, para garantir maior lentidão da corrente, porque a natureza não cresce com régua e esquadro, não é simétrica, nem retilínea. E é mais bela por isso. Devemos aprender a aceitar a irregularidade da natureza como garante da estabilidade do sistema.

A renaturalização, a noção de floresta, a desflorestação, os usos da madeira, os incêndios e o tipo de agricultura praticado, mas também a permanência de estruturas humanas na totalidade do território, tudo tem de ser repensado, não a curto prazo como é costume, mas como uma intervenção a longo prazo, de aplicação paulatina e pensada, para enfrentar o futuro sombrio que se avizinha.

A pandemia demonstrou, sem qualquer sombra de dúvida, que hoje em dia é possível a uma grande quantidade de trabalhadores exercer as suas profissões remotamente, com a mesma qualidade e eficiência do trabalho presencial.

Isto representa uma oportunidade imensa para o desenvolvimento do interior do país, levando para zonas praticamente abandonadas gente altamente qualificada e versada em todo o tipo de especialidades técnicas, muitos deles em novas tecnologias, que querem levar uma vida mais tranquila, mais próxima da Natureza.

Esta proximidade pode ser uma importante janela de aproximação também para aqueles que, em ambiente urbano, estão afastados da realidade do mundo rural, estabelecendo uma ponte entre os dois mundos, permitindo um maior acesso aos corredores do poder que decidem à distância, sobre um mundo sobre o qual não estão informados.

Afinal de contas, quando falta água, o mundo rural é o primeiro a sofrer.

Para fazer uma diferença significativa e conseguir inverter o ciclo de destruição do mundo natural, não nos privando do conforto conseguido pela evolução da tecnologia e do desenvolvimento científico, temos de rejeitar a uniformidade e optar por soluções diversas, adaptadas aos diferentes contextos, à regionalidade, que nos permitem avaliar ao longo do tempo as várias vantagens e desvantagens de cada opção e agilizar correções e inflexões, conforme os resultados obtidos e, em particular, no caso destas não produzirem os resultados esperados.

Não podemos persistir sempre nas mesmas soluções, muitas delas megalómanas e incomportáveis, porque isso desaproveita as milhentas inovações disponíveis e torna a escolha de outros sistemas potencialmente mais eficazes, mais pesada e onerosa.

Acima de tudo para obter resultados rapidamente e com o menor custo possível, sempre com o foco no longo prazo, é preciso investir na Natureza, permitindo-lhe que exerça a sua capacidade de se auto regenerar e de restabelecer o equilíbrio de que o planeta precisa.

Um artigo de opinião de Ana Serrão. Ana Serrão frequenta atualmente o curso de Agronomia na Escola Superior Agrária de Santarém e é licenciada em Tradução pelo ISLA. Como associada da "ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável”, tem trabalhado em iniciativas de ligação da associação à sociedade, com foco na mudança de mentalidades, hábitos de consumo e na gestão do arvoredo urbano.

22 mar 2022 08:15

https://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carreira/ecologia/artigos/a-agua-do-nosso-descontentamento

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25 março 2022

O Combate à Vespa Asiática

            




    

             Combate à Vespa Asiática

Olá a todos!

Iniciou-se já o processo, em que as vespas asiáticas fundadoras saem da sua hibernação e começam a fundar os seus ninhos primários. São ninhos de início de ciclo, do tamanho de uma bola de ténis sensivelmente.

A captura destas vespas fundadoras nesta altura do ano, é um processo fundamental para redução e controlo desta praga.

Assim, pedimos a todos vós que façam algumas armadilhas como descrito abaixo usando 3 garrafas ou garrafões usados, e espalhem pelos vossos jardins, quintais, terrenos, etc.

Só assim conseguiremos reduzir esta praga no nosso concelho e evitar males de maior. 

Para o isco, deve ser feito da seguinte forma:

- 3 litros de água
- 1 kg de açúcar branco
- 40 a 50 gramas de fermento de padeiro.

Misturar bem para dissolver o açúcar e o fermento, podendo ser aquecido paga facilitar o processo, mas sem ferver.

Distribuir pelas armadilhas (esta quantidade dá para 4 a 5 armadilhas) e pendurar em árvores ou arbustos a cerca de metro e meio de altura.

Passados quinze dias, remover o isco velho e as vespas capturadas, e colocar novo isco.

Cada vespa capturada agora, é menos um ninho que teremos no verão. 


Obrigado pela V. colaboração! 

Ajude a controlar e combater esta espécie que está a destruir as nossas colmeias! 

versão adaptada
 
a versão Original pode ser consultada em:

 https://www.facebook.com/groups/aveiro.aveiro/permalink/5330505163661278/

Autor:

Helder Duarte

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09 março 2022

Pedido de Informação (recenseamento do Património Edificado da Aldeia)

Olá a todos!

Por forma a atualizar a informação relativa ao correto recenseamento do Património Edificado da Aldeia do Vaqueirinho, a  AMPV - Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho, agradece o seu contacto, através dos seguintes e-mails:

  vaquerinhoampv@yahoo.com

 vaqueirinhoampv@gmail.com


com vista ao assinalado  propósito.


para o efeito, poderá identificar o número correspondente ao seu Património Edificado assinalado na imagem acima disponibilizada


esta informação visa unicamente agilizar a comunicação entre a Associação e os Proprietários de Património imóvel edificado na Aldeia, no estrito âmbito da prossecução do objeto social da AMPV, tal como definido nos respetivos Estatutos (consulte pf. a Página  AMPV - Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho).

Antecipadamente grata pelos V. contributos,

A Direção da

 AMPV - Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho

 

29 janeiro 2022

Queimas e Queimadas em Segurança - 2022

Privilegie os Cuidados a observar! 



06 janeiro 2022

Bom Ano de 2022!

 

 

No Ano de 2022 que agora se inicia, queremos aprofundar o trabalho já desenvolvido e continuar a condensar informação relevante neste Blog, nomeadamente através da inclusão novos conteúdos informativos e da inclusão de todo o acervo de documentação e informação, relativa às atividades prosseguidas nos anos de atividade anteriores .

A Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho (AMPV) promove a divulgação desta Aldeia de Xisto e sua conservação, em harmonia com a envolvente Serra da Lousã, no respeito pelo meio ambiente e biodiversidade.

Tenham um Bom Ano de 2022!


26 dezembro 2021

Mensagem de Boas Festas

 


Caros Associados,

Voltamos ao V. contato para formular os nossos sinceros votos de que tenham umas festas felizes, ainda que nestes tempos incertos.

Lets hope for the better!…

Para quem ainda, porventura, não tenha conhecimento, no passado dia 6 de outubro iniciámos a nossa presença na web, com o lançamento de um blog destinado a promover a Aldeia do Vaqueirinho, e a sensibilizar as entidades e agentes locais para a oportunidade de fomentar a respetiva conservação, recuperação e preservação:

Num contexto que em que iniciativas como a da criação da Rede das Aldeias do Xisto, apadrinhada pela Câmara Municipal da Lousã, não incluiu, o Vaqueirinho e o Catarredor, que detêm apenas o estatuto de Aldeias Serranas, afigura-se-nos, que podemos aproveitar a oportunidade e….

- ponderando o que de menos positivo foi feito nas recuperações já efetuadas em Aldeias como o Candal, o Talasnal e o Chiqueiro;  

- desenvolver e aprimorar um modelo de reabilitação da Aldeia;

 - que contemple o Casal do Vaqueirinho de forma mais abrangente e alinhada com a realidade das Aldeias Serranas;

- nele incluindo todo o conjunto de terrenos, soutos, calçadas, cercas, muros e caminhos que integram o Casal do Vaqueirinho e indo até ao Carvalho da Cova e ao moinho da Aldeia na Ribeira do Catarredor;

- e que não passe por cimentar tudo e repetir os erros que já ficaram patentes nas anteditas recuperações.

Estamos ainda a desenvolver um blog onde pretendemos refletir a atividade e as iniciativas da nossa Associação, desde o seu início até ao presente:

Bom Natal e Bom Ano de 2022 para todos!


AMPV - Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho



11 novembro 2021

Um pouco da História da Serra da Lousã

 

A Serra da Lousã, como tantas outras deste País, tem sido fustigada pelo ventos da evolução e mudança, revelando nos seus vales e encostas cicatrizes mais ou menos profundas, causadas pela mão do Homem na sua inocência, ganância, curiosidade e, quase sempre, necessidade. A sua flora climácica, ou pelo menos aquela que constituía a "ultima cobertura vegetal natural", era constituída por carvalhos caducifólios, como o Quercus robor nos vales e encostas e, talvez, o Quercus pyrenaica e o Quercus suber nas zonas de clima mais temperado e seco (COSTA, 1992). No entanto, devido a sucessivas acções de desarborização que originaram a curto prazo uma acentuada erosão em alguns locais da Serra, hoje em dia existem zonas em que já nem os urzais, tojais e giestais conseguem vegetar (COSTA, 1992). Refiram-se então alguns marcos históricos importantes acerca da Serra da Lousã, desde o séc. XV:

1402 - Existência de pelo menos dois locais habitados na Bacia da Lousã (Lugar dos Cômoros e Aldeia da Ribeira), mas fora da vila; criação de gado bovino e agricultura nos campos do Vale do Arouce; desconhece-se a ocupação da Serra (COSTA, 1992 cit. CAMPOS, 1987).

1467 - Existência de "montados na serra do Trevim e da Horta até Cruz de Espinho" de molde a apascentar gados; Serra com estatuto de baldio; preocupação quanto ao uso da Serra (em registos de então lê-se: "... lhes comem toda a erva e lhes destroem quanta madeira eles têm ..." ) (COSTA, 1992 cit. LEMOS, 1959).

1527 - Recenseamento de Portugal declara que a Serra se encontra desabitada, com excepção de duas famílias em Vale de Nogueira (COSTA, 1992 cit. COLLAÇO, 1929).

1679/87 - Forte ocupação da Serra como o atesta a existência das aldeias de Casal Novo, Talasnal, Catarredor, Cerdeiras, Vaqueirinho, Chiqueiro e Silveira, além de outras seguramente mais antigas como Vale Maceira, Vale Nogueira e Vale Domingos (COSTA, 1992 cit. MEXIA, 1938).

1734 - A Câmara da Lousã proibe: o corte de lenha na Serra para ser trazida rio abaixo, a produção de carvão na Serra, corte de pinheiros, rama dos mesmos, lenha e cepos e a entrada de gados nos pinhais (COSTA, 1992 cit. MEXIA, 1938).

1747 -Produção intensa de gados na Serra, especialmente suíno, que se alimentava da lande de carvalho. Degração da Serra em relação a descrições anteriores (COSTA, 1992 cit.DAVEAU, 1988).

1794 - Proibição do arranque de cepa para fazer carvão, excepto para os ferreiros e a fábrica de papel, mas só em sitios muito distantes (COSTA, 1992 cit. MEXIA, 1938).

1853/54 - Total desarborização no caminho da Lousã ao Trevim, consequência evidente do pastoreio estival que aí se exerce.

1868 - O Relatorio ácerca da Arborização Geral do Paiz (Ribeiro & Delgado, 1868) refere-se de uma maneira clara ao estado de desnudação em que se encontra a Serra de Lousã. Como causa principal aponta-se o "extraordinário consumo de matos" para produção de adubo orgânico, referindo que se chegava a "rapar o mato à enxada", deixando os terrenos completamente desprotegidos perante a acção das águas da chuvas. Cita-se existência de sementeiras de penisco (pinus pinaster ou pinus sylvestris) feitas por particulares nos terrenos baldios, bem como a existência de pinhais mais antigos nas duas encostas da Serra (COSTA, 1992 cit. RIBEIRO & DELGADO, 1868).

1871 - A câmara da Lousã demonstra interesse na arborização da Serra, tendo procedido á sementeira de penisco bem como á plantação de carvalhos, castanheiros, e sobreiros. Primeiras acções de correcção torrencial (COSTA, 1992 cit. ARANHA, 1871).

1879/80 - J. Rivoli observou manchas de pinheiro bravo dispersas pela Serra, exploradas pelo município da Lousã, que permitia a sua exploração integral das mesmas até ao corte final. Ausencia de referências em relação ao pastoreio, uma vez que a cobertura vegetal era praticamente inexistente nas zonas antes utilizadas para produção de gados. Como causas de tal situação apontam-se a secura estival, bem como a disposição vertical do substrato geológico de natureza xistosa que originam, segundo o autor, a perda de água para profundidades dificilmente alcançáveis por plantas de porte herbáceo ou arbustivo (COSTA, 1992 cit. RIVOLI, 1881).

1912 - Referência a uma doença então misteriosa, e que dizimou completamente os castanheiros existentes em toda a Serra, compreendidos entre os 400 e 600 m de altitude (COSTA, 1992 cit. POINSARD, 1912).

1938 - Grande parte da Serra encontra-se árida e nua, existindo no entanto uma forte tendência de colonização, especialmente pelo pinheiro bravo, que se começa a espalhar pela Serra. Surgem os primeiros rebanhos (COSTA, 1992).

1939 - Segundo o Projecto de Arborização do Perímetro Florestal da Lousã, 4460 ha estariam submetidos ao regime florestal, sendo 1337 ha destinados a arborização (as espécies referidas neste projecto, utilizadas na arborização foram especialmente castanheiros, carvalho português, carvalho pardo, medronheiro, sobreiro e pinheiro bravo). Destes, 811 encontravam-se já arborizados, estando os restantes 526 ha revestidos por matos, bastante degradados, utilizados na alimentação de gados e produção de estrumes (COSTA, 1992).

1956 - Dos 4460 ha submetidos ao regime florestal no Perímetro Florestal da Lousã, os 1337 destinados a arborização encontrava-se totalmente arborizados.

in (registos sobre a história da serra da lousã)

23 outubro 2021

PPS - Cerimónia de Apresentação da Componente Florestas do Plano de Recuperação e Resiliência


Documento divulgado na Cerimónia de Apresentação em  19-07-2021 

CERIMÓNIA TEVE LUGAR NA PASSADA SEGUNDA FEIRA NA PAMPILHOSA DA SERRA.

publicado a 22 de julho de 2021

 

Rascunho automático 2907
 


A Serra da Lousã acolherá uma das 47 primeiras Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) do País.

A cerimónia de assinatura de contratos programa para a constituição destes instrumentos de gestão de espaços agroflorestais, teve lugar na passada segunda feira na Pampilhosa da Serra, tendo sido presidida pelo Primeiro Ministro, António Costa.


















“Como se pode chamar renovável a um recurso que precisa de meio século para se repor?”

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